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quinta-feira, 24 de agosto de 2017

Proteja-me (Maya Banks)

 
Classificação: ✩✩✩✩
 
Sinopse:
 
     Caleb Devereaux é um homem atraente, herdeiro de uma família rica e poderosa. Quando sua irmã caçula é sequestrada, ele tenta de tudo para encontrá-la, mas todos os esforços são em vão. A última esperança é Ramie St. Claire, uma jovem sensitiva de quem ouve falar, e que teria o poder de se conectar com pessoas localizando-as ao tocar em um objeto delas.
     Caleb conhece Ramie e instantaneamente os dois percebem que a atração entre eles é intensa. O que o milionário não imagina é que a habilidade da bela moça tem um alto preço: ela vivencia a dor de quem ajuda, e isso custa-lhe sua própria vitalidade. Por isso, depois de achar a sequestrada, Ramie desaparece da vista do rapaz.
     Ao mesmo tempo arrependido pelo sofrimento causado à jovem e profundamente fascinado por ela, ele tenta encontrá-la sem êxito. E quando pensa que Ramie havia partido para sempre, ela reaparece, e desta vez é ela quem pede ajuda. Seu dom a colocou em perigo e ela está sendo perseguida. Agora, Caleb vai fazer qualquer coisa para protegê-la, arriscando tudo, inclusive seu próprio coração.
 
Resenha:
 
     Esse é o primeiro livro da trilogia Slow Burns de Maya Banks. Confesso que quando o comprei pensei que era algo erótico, até a capa me convenceu disso. E não li a sinopse, pois me guiei pelas indicações de amigas dizendo que ele é muito bom.
     Muito bom é um pouco forçado para minha opinião. A história é boa, a escrita... mais ou menos. Em diversos momentos a história fica cansativa diante de tanta explicação repetitiva e desnecessária. Não é erótico nada! Os momentos hot entre o casal são muito rápidos, mas estão dentro do contexto. Romance? Muito pouco. Trata-se mesmo é de um bom suspense. Bom porque é plausível e interessante, além de ser fora dos padrões que costumo ler. Ahh! E a capa tá bem explicativa para a história. Enfim... não era o que eu pensava mas até que não me decepcionei.
     Proteja-me é a história de Ramie St. Claire, uma sensitiva que ao tocar algum objeto da vítima de sequestro passa a viver tudo que essa vítima está vivendo, em tempo real. E com isso sofre todos os tipos de horrores que a mesma passa.
     Quando Caleb Devereaux consegue contatá-la para localizar Tori, sua irmã sequestrada, ele não tem noção do mal que está obrigando Ramie a passar e fica horrorizado ao presenciar todo o sofrimento que Ramie e sua irmã estão sendo submetidas deixando-o consternado com tamanho sacrifício que Ramie sofre.
     Depois de conseguir a informação da localização de sua irmã e resgata-la, Caleb volta ao local onde encontrou Ramie, mas a mesma já não se encontra mais lá. Ela também está fugindo.
     Passado cerca de um ano do acontecido e sem ter o paradeiro de Ramie, Caleb, que agora possui uma empresa de segurança altamente eficaz, recebe um telefonema. É Ramie, pedindo ajuda, pois acredita que não tem mais condições de fugir de seu perseguidor. Imediatamente Caleb coloca todos seus recursos profissionais e financeiros em ação e consegue resgatar Ramie, levando-a para sua residência. Uma fortaleza em matéria de segurança.
     Daí em diante eu não conto mais, afinal vai perder um pouco a vontade de vocês lerem essa história. Só digo que o final é épico e muuuuuito bom. Vale a pena ler e eu recomendo. As quatro estrelinhas foi mais por conta desse final mesmo.

segunda-feira, 14 de agosto de 2017

Os Imortais de Meluha - Amish Tripathi



Classificação: ✩✩✩✩✩


Sinopse:

     Os Imortais de Meluha marca o início da história de Shiva, um homem que viveu cerca de 4.000 anos atrás, cujas aventuras eram tão grandiosas que as pessoas começaram a pensar nele como um Deus.
     A terra de Meluha, criada por um dos maiores monarcas, Lorde Rama, é um império cercado de perigos e ameaças, como a extinção do rio Saraswati reverenciado pelo povo, e que agora está lentamente secando. Eles também enfrentam ataques terroristas devastadores vindos do leste, a terra dos Chandravanshis.
     Para complicar ainda mais as coisas, estes parecem ter se aliado aos Nagas, uma linhagem de verdadeiros guerreiros que vivem à parte da sociedade em razão de suas deformidades físicas. A única esperança para os Suryavanshis é uma antiga lenda:
     Quando o mal atinge proporções épicas, quando tudo parece perdido, quando parece que os teus inimigos triunfaram, um herói vai emergir.
     Shiva é um rústico imigrante tibetano ou realmente esse herói?
     E afinal, ele quer ser esse herói?
     Desenhado de repente ao seu destino, por dever, bem como pelo amor, vai Shiva levar a vingança Suryavanshi e destruir o mal?
     Este é o primeiro volume da trilogia sobre Shiva, o homem simples cujo carma o transformou em o Deus dos Deuses.

Resenha:

     Soube deste livro num dos Encontros de Clube do Livro que participo aqui no Rio de Janeiro. Confesso que achei que se tratava de uma fantasia, com base na rica cultura indiana. Amish é considerado o Tolkien da Índia, mas não se iluda caro leitor, é muito mais do que isso. É uma mistura entre a ficção científica e a milenar religião Hindu. Cheia de referências culturais como: explicações sobre o sistema de castas, o significado do símbolo Om, os Vikarmas, os povos que viviam no território que hoje em dia é a Índia bem como seus rios sagrados, entre outros. Com personagens bem desenvolvidos a trama é bem amarradinha, sem furos e em nenhum momento se torna entediante.


“– Com frequência, para encontrar o conhecimento, uma boa longa viagem pelas palavras, por assim dizer, faz com que atingir a sabedoria seja muito mais satisfatório – disse o pandit. – E mais importante, ajuda a entender o contexto do conhecimento com muito mais facilidade.”
     
     A história conta a trajetória de vida de Shiva, líder de uma tribo tibetana, os Gunas, que está passando por muitos problemas graças aos conflitos com outras tribos pelo domínio da margem do Lago Mansarovar. Ele recebe um convite para levar seu povo para viver em Meluha, uma terra cuja sociedade é quase perfeita. 
      Ao chegar a Devagiri, capital de Meluha, Shiva e seu povo é confinado em um acampamento e lá lhes é oferecido o Somras, um líquido capaz de curar todas as doenças e enfermidades existentes. Só que em Shiva além de lhe curar um ombro deslocado e um dedo do pé congelado (só não entendi como ele congelou esse dedo, mas tudo bem) sua garganta ganha uma coloração azul. 
      Segundo o Hinduísmo, a cor azul é sagrada, e representa uma evolução espiritual. 
      Na história os povos acreditavam que um estrangeiro beberia o Somras e ficaria com a garganta azul, desta forma identificando-o para todos que ele seria o Mahadeva, o Grande Deus. Aquele que irá destruir todo o mal. Assim, Shiva se torna o Neelkanth.
     Na viagem para encontrar o Imperador Daksha, e ser proclamado o Neelkanth, Shiva conhece Sati, por quem se apaixona. Só que o que Shiva não sabe é que Sati é uma vikarma e por não achar essa uma lei justa Shiva começa a perceber falhas na forma de governar de Meluha.
      Não se preocupe, essa não é uma história romântica, mas o romance é bem representado, de uma forma até divertida e dá uma pitadinha a mais na história. Sati é uma heroína, uma mulher forte e corajosa, mas que apesar de guerreira e ousada crê no seu karma.
 
 
"O que ela quis dizer com aquilo? Que tem sentimentos por mim? Ou que apenas é uma mulher honrada que não consegue suportar ser a causa do infortúnio de alguém? E por que ela poderia se julgar inferior? Todo esse conceito de carma ruim é extremamente ridículo!"
 
     Com algumas cenas de ação a história agrada aos mais exigentes, mas é claro que sem exageros, afinal esse é só o 1º livro da trilogia. Ao final de sua 1ª grande guerra contra os Chandravanshis, Shiva, começa a questionar seu papel nessa história. E quem é realmente o mal a ser vencido. O final é como sempre em livros com continuação, perfeito! Com um belo gancho para a continuação.
     A diagramação é confortável aos olhos, bem como o suave tom amarelado das páginas. E a capa é um convite à curiosidade dessa Saga.

sexta-feira, 4 de agosto de 2017

Um Beijo Inesquecível ( Julia Quinn)


Classificação: ✩✩✩✩✩

Sinopse:

     Toda a alta sociedade concorda que não existe ninguém parecido com Hyacinth Bridgerton. Cruelmente inteligente e inesperadamente franca, ela já está em sua quarta temporada na vida social da elite, mas não consegue se impressionar com nenhum pretendente.
     Num recital, Hyacinth conhece o belo e atraente Gareth St. Clair, neto de sua amiga Lady Danbury. Para sua surpresa, apesar da fama de libertino, ele é capaz de manter uma conversa adequada com ela e, às vezes, até deixá-la sem fala e com um frio na barriga.
     Porém Hyacinth resiste à sedução do famoso conquistador. Para ela, cada palavra pronunciada por Gareth é um desafio que deve ser respondido à altura. Por isso, quando ele aparece na casa de Lady Danbury com um misterioso diário da avó italiana, ela resolve traduzir o texto, que pode conter segredos decisivos para o futuro dele.
     Nessa tarefa, primeiro os dois se veem debatendo traduções, depois trocando confidências, até, por fim, quebrarem as regras sociais. E, ao passar o tempo juntos, eles vão descobrir que as respostas que buscam se encontram um no outro... e que não há nada de tão simples e de tão complicado quanto um beijo.
 
Resenha:
 
     Uma das minhas metas de 2017 é começar algumas séries de livros, outra é terminar outras séries. Creio que essa eu conseguirei alcançar rss.
     Da série Os Bridgertons, o livro 7 é para mim, até agora, o mais bonitinho. A história de Hyacinth e Gareth me arrematou completamente. A construção do amor deles, que aos poucos vai acontecendo é de arrancar suspiros.
 
"De repente, Gareth viu que certas coisas apenas se sabem, e não há como explica-las."
 
"Não sabia o que dizer, o que fazer. Só sabia que amava aquele homem.
Quando isso acontecera? Não fora como a decisão que tomara de se casar com ele, súbita e clara. Esse... esse amor se irradiava por ela, fluido como um rio, ganhando impulso até que, um dia, estava lá."
 
     Além de romance a história conta com um quê de aventura em que me vi torcendo para que o casal alcançasse seu objetivo. Tem um pouco de comédia também. Principalmente nos diálogos entre Hyacinth e Lady Danbury. Diga-se de passagem uma história desta mulher quando jovem deveria ser impagável.
     Julia Quinn consegue fazer, nessa enorme série, um livro completamente diferente do outro e cada um com a sua pitada de romance, ação e muita diversão. Mas ainda faltam dois livros. Vamos ver o que me aguarda. Por enquanto... sou #TimeHyacinth&Gareth.
 
 
 
 
 




quarta-feira, 2 de agosto de 2017

Frida Kahlo: Para que preciso de pés quando tenho asas para voar? (Jean-Luc Cornette & Flore Balthazar )


Classificação: ✩✩

Sinopse:

     1937, México. Frida Kahlo, artista genial e mulher livre, recebe em sua casa Leon Trotsky, um dos líderes da revolução russa, forçado ao exílio após a ascensão ao poder de seu adversário Stalin. Até 1940, o político, a bela mexicana e seu marido, o grande pintor Diego Rivera, viverão uma aventura extraordinária, entre paixão e fúria, arte e política, risos e lágrimas. Três destinos que se cruzam para contar quatro anos de uma história que marcou profundamente o século XX.


Resenha:

     Ganhei esse HQ no encontro da Aliança de Blogueiros do Rio de Janeiro com a Editora Autêntica-Nemo que aconteceu em Maio deste ano (o link já foi postado aqui, na resenha anterior, mas se quiser procurar no blog está nas publicações de Maio 😉 ).
     Eu confesso que na hora que coloquei as minhas mãozinhas nessa obra fiquei bastante empolgada pois sou fã da obra desta pintora surrealista. A capa, com todo o colorido e ícones que a representam me fizeram furar a fila da leitura para poder me inteirar um pouco mais da sua vida cheia de percalços. Mas tenho que lhe contar, caro leitor, que essa obra me decepcionou bastante.
     A começar, já na primeira página vejo com bastante estranheza uma gíria que não era utilizada nos dias de hoje. Para mim, a abordagem da história do triangulo amoroso Diego-Frida-Leon deveria ter, não obrigatoriamente, uma linguagem coloquial ou algo mais real com o que era usado naquela época (década de 1930) e não gírias atuais.
 

     A partir daí a empolgação com a história diminuiu bastante. Encontrei outras "escorregadas" como essa ao longo da história mas não vou me ater a elas para não desestimula-los também. A disposição dos quadrinhos foi outra coisa que também me incomodou, pois em diversas vezes a história ia e vinha no tempo tornando a dinâmica dos acontecimentos confusos, fazendo com que eu, por diversas vezes, voltasse alguns quadrinhos para compreender os fatos.
     Os HQs atuais cada vez mais publicam histórias interessantes, com abordagens de temas contemporâneos e importantes de serem expostos. Adoro ler e às vezes reler boas histórias mas como 1ª obra que li sobre um pouco da vida deste ícone das artes, ele deixou bastante a desejar.
     O designer gráfico, o tamanho das letras, e tudo que concerne a arte dos HQs é primoroso nesta obra mas o cuidado no que se refere a dinâmica dos acontecimentos... isso não me deixou feliz.

terça-feira, 1 de agosto de 2017

HQ O Diário de Anne Frank - Mirella Spinelli


Classificação: ✩✩✩✩✩
 
Sinopse:
 
     Anne Frank passou dois longos anos escondida no “Anexo Secreto” de um prédio de escritórios em Amsterdã, entre 1942 e 1944. Sua história é conhecida no mundo inteiro graças ao diário que ela escreveu para escapar do tédio do confinamento. Por meio dele, podemos acessar os sentimentos mais profundos da adolescente que, presa por tanto tempo em um pequeno cômodo com outras sete pessoas, ainda se revela uma jovem engraçada, sensível e cheia de esperança.
     O Diário de Anne Frank em quadrinhos é um relato doce e, ao mesmo tempo, melancólico da garota judia e sua experiência durante a Segunda Guerra.
 
Resenha:
 
     Esse foi um dos livros que ganhei no encontro da Aliança de Blogueiros do Rio de Janeiro teve com a editora Autêntica-Nemo que ocorreu em Maio ( Encontro sobre HQ com Autêntica-Nemo ).
     Muita gente ainda desconhece, mas os HQs não são só de histórias divertidas como os que fizeram parte da infância de muitos de nós, e de alguns adultos até hoje. Os HQs, principalmente os europeus, publicam muitas histórias interessantes. De grandes obras a temas atuais. Nesse encontro ficamos mais inteirados sobre essas publicações, principalmente as feitas pelos franceses (veja o link acima).
     O legal é que li O Diário de Anne Frank (livro) na adolescência e foi bom reler esse relato dramático dos horrores da 2ª Guerra Mundial pelos olhos de uma judia, só que agora em um novo formato. Os quadrinhos.
     Não vou me ater a história até porque a maioria das pessoas já conhecem. Se você não leu, leia! É uma leitura obrigatória a todos para que não cometamos NUNCA MAIS tais atrocidades contra os nossos semelhantes. Mas preciso destacar em como foi representado os pensamentos e as angústias de Anne durante seu período de reclusão.
 
 
 
     Há muito tempo não leio quadrinhos (fora os que são publicados aos domingos nos jornais) então foi com grande surpresa que me deparei com uma arte gráfica primorosa e delicada onde os acontecimentos da guerra são em tons cinzentos enquanto que a vida e os sonhos da Anne são coloridos.





     O Diário de Anne Frank é um daqueles livros, ou HQ (porque não?) que se deve ter na estante, não só pela beleza gráfica mas também pela importância da história. Eu super recomendo.