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quinta-feira, 27 de dezembro de 2018

O farmacêutico de Auschwitz - Patrícia Posner







Título: O farmacêutico de Auschwitz
Autora: Patrícia Posner
Editora: Globo
Ano: 2018
Páginas: 296


Sinopse: 

A história real de como as gigantes da indústria farmacêutica alemã apoiaram o regime nazista, fizeram fortunas com as câmaras de gás e usaram cobaias nos campos de concentração para desenvolver medicamentos que usamos até hoje. 

O farmacêutico de Auschwitz é uma história real de assassinato e ganância que narra fatos terríveis e ainda obscuros sobre o Holocausto e o Terceiro Reich em um estilo que lembra o dos melhores thrillers. Baseada em uma vasta pesquisa, Patricia Posner expõe as atrocidades cometidas por um dos maiores conglomerados farmacêuticos do mundo, detentor de marcas que aparecem em nossos lares até os dias de hoje, como a Bayer e a Hoechst, investigando como homens comuns se tornaram criminosos de guerra e como a Alemanha do pós-guerra foi obrigada a confrontar seu passado sombrio. 

Uma obra emocionante e necessária, o livro conta a pouco conhecida história de Victor Capesius, um farmacêutico romeno representante da Bayer que, em 1943, aos 35 anos, se juntou a SS nazista e rapidamente se tornou o farmacêutico-chefe de Auschwitz, o maior e mais cruel campo de extermínio do Terceiro Reich. Entre suas várias atribuições perversas, estavam os testes relacionados à criação de uma maneira rápida e eficaz de exterminar prisioneiros indesejáveis, até chegar ao gás letal que matou milhões.  

Patricia Posner faz também uma fascinante análise do pacto diabólico travado entre nazistas e grandes corporações. A autora expõe como a I.G. Farben – empresa-mãe da Bayer e maior conglomerado industrial da Alemanha –, além de fornecer o gás que matou milhões de judeus, testava drogas em prisioneiros e construiu seu próprio campo, onde escravos trabalhavam até a morte.  

Resenha:

O livro narra a trajetória de Victor Capesius, um farmacêutico que juntamente com o médico Josef Mengele conhecido como o anjo da morte participou desta história terrível e da morte de milhares de judeus. O mais impressionante é que ao ler o livro você verá que não se trata de cenas imaginadas por alguns escritor ou roteirista, mas sim fatos horripilantes que realmente aconteceram. E como outros profissionais da saúde, como enfermeiros e farmacêuticos além de médicos se renderam a ciência horripilante de Hitler. Nesses locais haviam diversos crematórios que incineravam mais de 8 mil pessoas por dia e em 1944 esses números chegaram a 25 mil pessoas por dia. As cinzas dessas pessoas eram utilizadas para aterrar pântanos, como fertilizantes em campos ou simplesmente jogadas em lagos ou rios.

Esse livro retrata do que a crueldade humana é capaz. Mostra uma parte da indústria farmacêutica que muito me assusta, pois fazer testes em seres humanos é de tamanha crueldade e repulsa. Pensando na indústria farmacêutica eu me pergunto se será que não existe diversas curas para algumas doenças, mas que por interesses milionários não são divulgados? Pode ser uma teoria da conspiração da minha cabeça, mas com certeza você já se perguntou isso algumas vez na vida.

E como trata-se de um ano novo e uma época em que renovamos os nossos votos na esperança de dias melhores a palavra que veio em minha mente agora foi: RESILIÊNCIA e talvez depois da leitura desse livro será isso que você irá pensar também.Será que somos capazes de sentir a dor do outro. De sermos solidários? De nos tornarmos alguém melhor? Tomara que sim, não é?

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