Autores: Daniel Ziblatte eSteven Levits
Editora: Zahar
Ano:2018
Sinopse:
Uma análise crua e perturbadora do fim das democracias em todo o mundo
Democracias tradicionais entram em colapso? Essa é a questão que Steven Levitsky e Daniel Ziblatt – dois conceituados professores de Harvard – respondem ao discutir o modo como a eleição de Donald Trump se tornou possível.
Para isso comparam o caso de Trump com exemplos históricos de rompimento da democracia nos últimos cem anos: da ascensão de Hitler e Mussolini nos anos 1930 à atual onda populista de extrema-direita na Europa, passando pelas ditaduras militares da América Latina dos anos 1970. E alertam: a democracia atualmente não termina com uma ruptura violenta nos moldes de uma revolução ou de um golpe militar; agora, a escalada do autoritarismo se dá com o enfraquecimento lento e constante de instituições críticas – como o judiciário e a imprensa – e a erosão gradual de normas políticas de longa data.
Sucesso de público e de crítica nos Estados Unidos e na Europa, esta é uma obra fundamental para o momento conturbado que vivemos no Brasil e em boa parte do mundo e um guia indispensável para manter e recuperar democracias ameaçadas.
“Talvez o livro mais valioso para a compreensão do fenômeno do ressurgimento do autoritarismo ... Essencial para entender a política atual, e alerta os brasileiros sobre os perigos para a nossa democracia.” Estadão
“Abrangente, esclarecedor e assustadoramente oportuno.” The New York Times Book Review
“Livraço ... A melhor análise até agora sobre o risco que a eleição de Donald Trump representa para a democracia norte-americana ... [Para o leitor brasileiro] a história parece muito mais familiar do que seria desejável.” Celso Rocha de Barros, Folha de S. Paulo
“Levitsky e Ziblatt mostram como as democracias podem entrar em colapso em qualquer lugar – não apenas por meio de golpes violentos, mas, de modo mais comum (e insidioso), através de um deslizamento gradual para o autoritarismo. Um guia lúcido e essencial.” The New York Times
“O grande livro político de 2018 até agora.” The Philadelphia Inquirer.
Resenha:
O
foco do livro são os acontecimentos nos EUA , sendo os fatos abordados até o primeiro semestre de
2017), os autores tecem uma rede desde a época após a Guerra Civil até chegar
aos dias atuais, demonstrando sempre as causas e principalmente as consequências sofridas de uma série de fatos até no encontrarmos na atualidade. A abordagem
adotada pelos autores surpreender os
leitores pela atualidade de decisões tomadas no séc. XVIII e que em muitos
momentos poderão ser vistas presentes
até meados da década de setenta.Usando
o termo empregado no livro: as leis ‘não
escritas’ ou barreiras democráticas de comportamento, onde a mesma tolerância ao jogo político do adversário,
veio sendo desenvolvida e tecida ao longo dos anos. Essas, tais ‘barreiras invisíveis’ podem ser facilmente
observadas nos costumes e supostas‘boas
práticas’ construídas durante décadas. No campo da política, algumas regras
básicas de convívio seriam as tais barreiras que trazem o equilíbrio entre os
Três Poderes. Ao atender a indicação do Presidente para um membro do Supremo
Tribunal, o Congresso, apesar do poder de veto na teoria, normalmente não faz
uso de sua prerrogativa, ainda que o indicado tenha uma linha de ideologia
diferente dos colegiado.
Os
autores traçam o perfil de como uma democracia moderna, não irá cair com tanques, armas e guerra como
antigamente . Eles citam exemplos da Rússia de Putin, Peru de Fujimori, Equador
de Correa, além da óbvia Venezuela de Maduro & Chaves, são apresentados
exemplos de autocratas que, com um ‘verniz’ legal, usam a própria democracia
para torná-la uma ditadura velada. As regras do jogo vão sendo alteradas aos
poucos, sem alardes, ou como os autores definem ‘barreiras invisíveis’ e
fazendo com que exista polarizações insustentáveis que levam a predominância de
um determinado grupo político.
Como
definir o livro então? Com dados gerais, o livro demonstra que no curso da história, a humanidade já
passou vários períodos mais democráticos e que, apesar de Trump, não
necessariamente o sistema democrático está acabado ou virá a ruir. Sim o período se apresenta em linhas gerais
turbulento, onde os olhos do mundo se voltam para os yankees e veem como Democratas(
azuis) e Republicanos (vermelhos) se digladiam pelo poder , afinal é a mais
poderosa democracia do planeta. Gostemos ou não.
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