Nota: 3,5
Ficha técnica:
Autor: Josie Silver
Páginas: 392
Editora: Bertrand Brasil
Resenha:
Em um dia de dezembro, no inverno londrino congelante, a jornalista Laurie estava no ônibus e, ao parar no ponto, se depara com um cara maravilhoso que chama sua atenção. Ambos se olham, sentem uma conexão, mas ninguém se mexe e o ônibus segue caminho. Simples? Nem tanto. Laurie não esquece dele. Passa um ano procurando pelo moço em todos os rostos, na companhia da sua melhor amiga, a lindíssima/incrível/bem sucedida e bem resolvida Sarah (segundo Laurie). Quando ela desiste, Sarah resolve apresentar à amiga seu namorado, Jack. O JACK. O moço do ponto de ônibus. Que até então era uma paixão platônica e agora forma um casal apaixonadíssimo com sua melhor amiga.
E isso é o começo da confusão.
Com uma escrita semelhante a Simplesmente Acontece, onde a narração dos capítulos é dividida entre Laurie e Jack, a trama segue o desenrolar de suas vidas pelos próximos quase dez anos. E nesse tempo todo, vem a polêmica encontrada por muitos leitores desse livro: Laurie decide não contar a Sarah que Jack é o homem pela qual procurou tanto e prefere se enclausurar em seu mundo de insatisfação, cansando a leitura. Jack também não é inocente nessa história. Ambos abusam daquela clássica atitude que diz uma coisa desejando outra. Essa agonia dura o livro INTEIRO. As vidas seguem? Sim. Laurie inclusive se casa, com a presença de Jack na igreja. Jack também passa por muitas mudanças na vida. Em comum, sempre o silêncio e o "e se" daquele dia do ônibus. O único motivo para o qual o livro não decepciona 100% é por saber que isso é vida real. A amizade entre Laurie e Sarah, os problemas de auto-estima, a rotina cansativa e o quanto deixamos a vida passar enquanto assistimos seus altos e baixos. Daí a semelhança gritante com a obra de Cecelia Ahern citada no começo desse parágrafo.
Resumindo: A trama envolvendo o excesso de contratempos entre Laurie e Jack é um clássico clichê? Sim. Porém é mais puxado para a vida real que os outros romances. Te faz desistir de ver um final feliz mil vezes, sem suspeitar o quão lindo ele pode ser.
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