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segunda-feira, 31 de dezembro de 2018

Ano Novo com Você (Aline Sant'Ana)

Ano Novo com Você

Sinopse:

     Aquela amizade que desde os primórdios a gente shippa porque simmmm. 😍 
     O casal queridíssimo e tão aguardado da série Viajando com Rockstars chega até vocês em um conto gratuito, que a Aline Sant'Ana fez com todo o amor e carinho, para os leitores entrarem no clima de final de ano. 
     Advinha quem são?
     Claro, o Shane e a sua Querubim.

Resenha:

     E para encerrar o ano com chave de ouro Aline Sant'Ana presenteia seus leitores ...    
     Presenteia? 
     Não! Tortura, isso sim. 
    Porque lançar um conto em pleno recesso natalino e justamente de um dos mais esperados livros da série Viajando com Rockstars é tortura, não é presente não.
     O conto é bem curtinho (44 páginas) e nos mostra o passado recente de Shane e Roxanne (o casal da vez). Eles ainda são bem novinhos - 13 anos e estão, digamos... despertando para a vida adulta. 
     Tudo se passa em plena noite de Reveillon e justamente por isso achamos conveniente apresentar a resenha hoje 😊
     É um prelúdio do que vem por aí, com dois amigos de infância e que já se amam, de uma forma inocente, é verdade, mas intensa e verdadeira. Um morreria pelo outro, fato. Não dá pra contar detalhes da história mas podemos garantir, é uma deliciosa leitura para esse encerramento anual. Uma história para aquecer os corações e deixar todas polvorosas de curiosidade. Vem 2019, que eu já quero ler! 

   

domingo, 30 de dezembro de 2018

Tempo desconjuntado (Phillip K. Dick)




Phillip K. Dick é um escritor estadunidense de ficção científica. Em honra ao estilo americano de escrita, ou seja, escrevendo de maneira simples e econômica, o autor nos conta uma história em que o delírio e a realidade se tornam quase gêmeas, na qual o próprio leitor sente na pele a confusão entre o mundo objetivo e o mundo da mente.

Sinopse

Ragle é um veterano da Segunda Guerra Mundial que resolveu ganhar a sua vida de maneira bem diferente da que se espera de um militar. Depois de voltar do grande confronto, se tornou o maior campeão de concursos de resolução de enigmas nos jornais americanos.  É por isso que todos o conhecem. Há vários anos, ninguém consegue combate-lo nas pegadinhas, o que faz com que Ragle encare os prêmios em dinheiro como sua forma de ganhar a vida.
O passar do tempo, porém, acabou por confundir a mente de Ragle. Solteiro, vivendo na casa da irmã e do cunhado, Ragle passa a ver aquilo como uma vida limitada. A sua cabeça começa a ficar confusa, as cenas do romance também, e de repente nós, leitores, já estamos contaminados com as mesmas dúvidas. Será que aquilo é real ou é fruto de psicose?

O que ficou do que passou?

Confesso que a história é mais empolgante de ser contada numa roda de conversa com amigos do que de ser lida em um livro. Muitas vezes tive sono. Mas devo admitir, a culpa também pode ser minha, pois o escritor não alonga a narrativa demais em nenhum ponto, e a história fica mesmo bastante dinâmica.
É que, também, tive a impressão de que a partir da metade do livro a escrita ficou econômica até demais. As frases foram ficando minúsculas e eu queria mesmo era um pouquinho mais de fluxo de consciência. Mas nada de muito grave. É um livro que dá vontade de ler até o final, só não me induziu a devorá-lo unha por unha, dente por dente.
Agora passando para um ponto positivo: os personagens. Realmente gostei da dinâmica entre Ragle e as pessoas que moram em sua casa, além dos vizinhos e principalmente do stalker Bill Black, e dá pra se ter uma boa imaginação das relações, conflitos, amenidades e picuinhas do dia a dia de uma rua meio que pacata. O protagonista é bem legal também. Quanto às pessoas que você vai conhecer neste livro, pode ficar tranquilo que não vai ter arrependimentos.
No geral, acaba sendo um livro de normal para bom. Nada excepcional e também nada para se jogar fora. Inclusive tive vontade de ler outras coisas do autor, pela sua escrita dinâmica. Parece que de Phillip Dick saem histórias rápidas, mas ainda assim bem desenvolvidas.

sábado, 29 de dezembro de 2018

Dark Notes - Pam Godwin




Título: Dark Notes
Autora: Pam Godwin
Editora: Createspace Independent Pub
Ano:2016
Páginas: 428

Sinopse:

Eles me chamam de vagabunda. Talvez eu seja.
Às vezes faço coisas que eu desprezo.
Às vezes os homens tomam sem pedir.
Mas eu tenho um dom musical, em
apenas um ano deixo o ensino médio,
e tenho um plano.
Com um obstáculo.
Emeric Marceaux não apenas toma.
Ele agarra a minha força de vontade e bate como uma nota
escura.
Quando ele me manda jogar,
eu quero dar-lhe tudo.
Eu me ajoelho para seus castigos,
tremo por seu toque,
e arrisco tudo por nossos momentos roubados.
ELE É MINHA OBSESSÃO,
MEU SENHOR,
MINHA MÚSICA.
E O MEU PROFESSOR.

Resenha:

Ivory tinha tudo para ser uma estrela. A garota é uma pianista incrível,  porém existe um problema. Seu irmão  Ou melhor falando, o crápula que se diz irmão  dela. Claro seu irmão  é  folgado e destrutivo. Com a morte de seu pai seus dias passam a ser um verdadeiro inferno, onde só a música pode trazer paz a ela.
A menina passa por tanta coisa ruim na vida e ainda assim se mantém lúcida. 

"Apenas o pensamento de sexos faz meu estômago parecer um enxame com mil abelhas. Persistir é pior do que lamber uma ferida fria escorrendo, coberta de pele morta e pus. Mas eu não sei se é assim para todas pessoas."

O único bem deixado pelo pai a ela é a sua escola. Ivory estuda em uma das melhores escolas de música e seu sonho é cursar a universidade de música.  Mas para isto ela irá precisar da ajuda e apoio do novo professor.
Emeric é um gênio da música, porém seu talento não chega ao nível pessoal. Arrogante e prepotente ele está sempre disposto a humilhar os erros de seus alunos. Para ele se existe um lema é:Não deixe ninguém entrar!
Mas nem com toda sua grosseria ele será capaz de não se apaixonar pela garota quebrada que toca como um anjo.
O livro é cheio de drama, lágrimas e poucas risadas. Você passa metade do livro com raiva e a outra querendo um final feliz para esses dois.
A narrativa é tão intensa que prende o leitor do início ao fim.

sexta-feira, 28 de dezembro de 2018

Um tom mais escuro de magia (V. E. Schwab)

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Sinopse:

     Kell é um dos últimos Viajantes — magos com uma habilidade rara e cobiçada de viajar entre universos paralelos conectados por uma cidade mágica. 
     Existe a Londres Cinza, suja e enfadonha, sem magia alguma e com um rei louco — George III. A Londres Vermelha, onde vida e magia são reverenciadas, e onde Kell foi criado ao lado de Rhy Maresh, o boêmio herdeiro de um império próspero. A Londres Branca: um lugar onde se luta para controlar a magia, e onde a magia reage, drenando a cidade até os ossos. E era uma vez... a Londres Negra. Mas ninguém mais fala sobre ela. 
     Oficialmente, Kell é o Viajante Vermelho, embaixador do império Maresh, encarregado das correspondências mensais entre a realeza de cada Londres. Extra-oficialmente, Kell é um contrabandista, atendendo pessoas dispostas a pagar por mínimos vislumbres de um mundo que nunca verão. É um hobby desafiador com consequências perigosas que Kell agora conhecerá de perto. 
     Fugindo para a Londres Cinza, Kell esbarra com Delilah Bard, uma ladra com grandes aspirações. Primeiro ela o assalta, depois o salva de um inimigo mortal e finalmente obriga Kell a levá-la para outro mundo a fim de experimentar uma aventura de verdade. 
     Magia perigosa está à solta e a traição espreita em cada esquina. Para salvar todos os mundos, Kell e Lila primeiro precisam permanecer vivos.

Resenha:

     Nunca pensei que resenhar um livro com temática fantástica fosse tão difícil. Não caro leitor, o livro não é ruim, muito pelo contrário. É maravilhoso!!!! Mas ainda assim um pouco complexo para minha humilde cabecinha. Mas vamos lá tentar, né?
     Um tom mais escuro de magia é o primeiro do que parece ser uma trilogia, parece porque já foi lançado o segundo (tá lindo na minha estante 😍) mas não sei se existe um terceiro, um quarto...
     Aqui temos uma cidade - Londres, mas quatro ambientes distintos: A Londres Branca onde a magia vive em constante embate para se sobrepor a vida existente, a Londres Vermelha com o perfeito equilibrio entre a magia e a vida normal de seus habitantes, a Londres Cinza onde a magia já não mais existe e a Londres Negra que supõe-se não existir mais.
     O personagem central é Kell, um Antari - ser capaz de viajar entre as dimensões de todas as Londres existentes. Por diversas vezes consegui personificar Kell com Newt Scamander/Eddie Redmayne de Animais Fantásticos. Não sei se por ele estar em voga ou por conta da descrição física do personagem se parecer bastante com o ator. Enfim, para mim Eddie é o avatar de Kell.
     Kell foi criado pela família real da Londres Vermelha, tratado com amor e carinho mas por trás de tanta afeição aparece o real motivo: ele é capaz de atravessar as dimensões, e assim levar a correspondência entre os regentes de cada Londres existente e para isso é preciso ter controle sobre ele, mesmo que de forma velada. 
     Kell tem seus desvios de caráter, algo aparentemente inocente mas que ao longo da história se mostrará perigoso para a sua vida. O contrabando de objetos de cada uma das Londres.
     E graças a esse "hobby" Kell conhece Delilah Bard ou Lila. Uma ladra que só deseja viver uma grande aventura e assim fugir de sua tão sofrida vida de órfã.
     Depois de roubar Kell, Lila o ajuda, no momento mais improvável possível é ela quem irá salva-lo. Daí em diante os dois vivem diversas aventuras entre uma Londres e outra. Não vou entrar em detalhes para não estragar a curiosidade de vocês.
     O livro é muito bem escrito, a narrativa é intensa e sem descanso para nossa curiosidade literária e a construção do enredo é primordial com um crescente amadurecimento dos personagens seja em seu caráter, seja em seu relacionamento uns com os outros. Uma história difícil de largar. Então separa seu lanchinho, busque um lugar confortável e viaje para a Londres mais próxima. Mas cuidado! Você não sabe onde pode parar.


quinta-feira, 27 de dezembro de 2018

O farmacêutico de Auschwitz - Patrícia Posner







Título: O farmacêutico de Auschwitz
Autora: Patrícia Posner
Editora: Globo
Ano: 2018
Páginas: 296


Sinopse: 

A história real de como as gigantes da indústria farmacêutica alemã apoiaram o regime nazista, fizeram fortunas com as câmaras de gás e usaram cobaias nos campos de concentração para desenvolver medicamentos que usamos até hoje. 

O farmacêutico de Auschwitz é uma história real de assassinato e ganância que narra fatos terríveis e ainda obscuros sobre o Holocausto e o Terceiro Reich em um estilo que lembra o dos melhores thrillers. Baseada em uma vasta pesquisa, Patricia Posner expõe as atrocidades cometidas por um dos maiores conglomerados farmacêuticos do mundo, detentor de marcas que aparecem em nossos lares até os dias de hoje, como a Bayer e a Hoechst, investigando como homens comuns se tornaram criminosos de guerra e como a Alemanha do pós-guerra foi obrigada a confrontar seu passado sombrio. 

Uma obra emocionante e necessária, o livro conta a pouco conhecida história de Victor Capesius, um farmacêutico romeno representante da Bayer que, em 1943, aos 35 anos, se juntou a SS nazista e rapidamente se tornou o farmacêutico-chefe de Auschwitz, o maior e mais cruel campo de extermínio do Terceiro Reich. Entre suas várias atribuições perversas, estavam os testes relacionados à criação de uma maneira rápida e eficaz de exterminar prisioneiros indesejáveis, até chegar ao gás letal que matou milhões.  

Patricia Posner faz também uma fascinante análise do pacto diabólico travado entre nazistas e grandes corporações. A autora expõe como a I.G. Farben – empresa-mãe da Bayer e maior conglomerado industrial da Alemanha –, além de fornecer o gás que matou milhões de judeus, testava drogas em prisioneiros e construiu seu próprio campo, onde escravos trabalhavam até a morte.  

Resenha:

O livro narra a trajetória de Victor Capesius, um farmacêutico que juntamente com o médico Josef Mengele conhecido como o anjo da morte participou desta história terrível e da morte de milhares de judeus. O mais impressionante é que ao ler o livro você verá que não se trata de cenas imaginadas por alguns escritor ou roteirista, mas sim fatos horripilantes que realmente aconteceram. E como outros profissionais da saúde, como enfermeiros e farmacêuticos além de médicos se renderam a ciência horripilante de Hitler. Nesses locais haviam diversos crematórios que incineravam mais de 8 mil pessoas por dia e em 1944 esses números chegaram a 25 mil pessoas por dia. As cinzas dessas pessoas eram utilizadas para aterrar pântanos, como fertilizantes em campos ou simplesmente jogadas em lagos ou rios.

Esse livro retrata do que a crueldade humana é capaz. Mostra uma parte da indústria farmacêutica que muito me assusta, pois fazer testes em seres humanos é de tamanha crueldade e repulsa. Pensando na indústria farmacêutica eu me pergunto se será que não existe diversas curas para algumas doenças, mas que por interesses milionários não são divulgados? Pode ser uma teoria da conspiração da minha cabeça, mas com certeza você já se perguntou isso algumas vez na vida.

E como trata-se de um ano novo e uma época em que renovamos os nossos votos na esperança de dias melhores a palavra que veio em minha mente agora foi: RESILIÊNCIA e talvez depois da leitura desse livro será isso que você irá pensar também.Será que somos capazes de sentir a dor do outro. De sermos solidários? De nos tornarmos alguém melhor? Tomara que sim, não é?

sábado, 22 de dezembro de 2018

O Duque mais Perigoso de Londres - Madeline Hunter



Título: O Duque Mais Perigoso de Londres. Decadent Dukes Society - Livro 1
Autora: Madeline Hunter
Editora: Charme
Ano: 2018
Páginas:304


 Sinopse:

Adam Penrose, o Duque de Stratton, é o escandaloso, sombrio, manipulador e vingativo membro da Sociedade dos Duques Decadentes da elite de Londres, composta por três homens perigosamente belos, intensos, irresistíveis e que não desejam se apaixonar. Com uma reputação manchada e seu retorno à cidade, o Duque precisa encontrar uma esposa com qualidades ímpares e que não se importe em viver em negligente abandono. O que o Duque não espera é que o seu interesse e libido sejam despertados pela única mulher que não pode ter, e que não seria capaz de ignorar. Clara Cheswick fascina o Duque, mas tudo que ela não precisa neste momento é se casar. Está bem mais interessada em publicar seu jornal feminino — certamente muito melhor do que ser esposa de um homem com sede de vingança. No entanto, curiosa por uma história, Clara pensa se o desejo do Duque por justiça é sincero — junto com sua intenção incrivelmente irritante de ser seu marido. Se sua fraca reação ao beijo dele é alguma indicação, apaixonar-se por Adam claramente tem um preço. Mas quem diria que cortejar o perigo poderia ser tão divertido?

Resenha
Se existe algo que me fascina nos romances de época é o fato dos personagens femininos serem tão fortes e intensos. Impossível não relacionar estas personagens aos movimentos feministas. E ainda tem gente que fala que romance de época é livro de menininha. Quanta ignorância!
Madeline traz uma personagem feminina impactante, cheia de atitude e super inteligente.
No livro encontramos a história de Adan Penrose ,duque recém chegado de Paris após um longo período onde passou a ser temido por todos.
De volta a Londres todos se perguntam se ele retornou em busca de justiça ou vingança, a trama gira em torno desta questão.
Será que voltou porque deseja saber o que de fato aconteceu com seu pai, afinal era impossível imaginar um  destino tão improvável  e aterrorizador. A segunda hipotese de seu retorno e a que todos temem  é a de que  ele busca vingança e estará disposto a tudo para ser bem sucedido.


"...Ele notara o brilho em seus olhos, os quais implicavam muito sobre ela. Inteligência. Personalidade. Paixão. Problema. Não se importava com a última qualidade."

Enquanto o duque é temido por ser perigoso, Clara é temida por não ser uma mulher convencional, por não ter se casado e tão pouco ser submissa a sua família. Clara emite força assim que surge no caminho de nosso duque e não pense que Clara é uma simples solteirona ela possui seus mistérios também e descobrir não será nada fácil.
 Afinal Clara possui um talento nato para descobrir mistérios e revelar boas histórias.

"...não respondo a ninguém, nem ao senhor." 

Os dois levam o leitor a amar e odiar tudo com muita intensidade, porém é difícil abandonar a leitura devido a condução de Madeline que desenvolve a história em ritmo acelerado e cheio de altos.

Considerações finais:

O livro é narrado em terceira pessoa, tornando-o imparcial e preciso, já que aborda o ponto de vista tanto do casal quanto que em momentos específicos de alguns outros personagens.
Cabe ressaltar a importância dos personagens secundários, eles dão corpo a trama e ajudam a compor o cenário.
A ambientação descrita traz elementos de um forte trabalho de pesquisa e execução.
A Charme fez um trabalho primoroso na tradução do livro, procurando adequar a nosso idioma frases e expressões importantes. 
Se você procura um romance de época com uma personagem feminina, forte e audaciosa, um bom romance e uma ótima escrita. Encontrou seu livro! 
Então não perca mais tempo e compre logo o seu. 

sexta-feira, 21 de dezembro de 2018

Enquanto Houver Tempo (Paola Scott)

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Sinopse:

“Dizem que a vida inteira passa diante dos seus olhos quando você está morrendo. Porém, o que não dizem, é que a vida que não viveu também te atinge em cheio nesse momento.
Dor...

Medo...
Arrependimento...”



     Dante, um respeitável homem de negócios, é obrigado a dar uma pausa no ritmo frenético no qual vive. Por sugestão da irmã, viaja para um lugar com hábitos totalmente diferentes aos quais está acostumado. E quando o tédio e desânimo parecem abater esse workaholic, uma pessoa o fará repensar o modo de enxergar a vida. 
     Gaia vive para a terra, para o cultivo das maçãs e para os seus animais de estimação. Com a filosofia de viver cada dia como se fosse um novo presente da vida, essa mulher de expressão serena desperta o interesse no homem refinado, porém deslocado, que chega à região.
     De repente, ambos parecem se completar. 
     Enquanto houver tempo, é possível mudar o rumo de duas vidas?


Resenha:

     Esse livro mexeu tanto comigo, mas tanto, que levei duas semanas para conseguir digerir tudo e ainda conseguir resenha-lo. Nem sei se ainda consigo, mas vamos lá.
     Os personagens da Paola são mais maduros com uma vida mais estável e equilíbrio emocional. Eles já passaram por todos os possíveis aprendizados que um adulto precisa para saber o que é certo e o que é errado na vida. Mas será mesmo que não há mais nada a aprender?    


O coração é assim mesmo, Dante. Nem sempre ele avisa, às vezes, só vai lá e sente."

     Paola além de uma exímia escritora é uma expert em mexer com o seu psicológico. Com ensinamentos para a vida ela aborda de forma suave e verdadeira muita coisa que às vezes não nos damos conta do quão são importantes. Simples assim. O que mais me identifiquei foram os princípios filosóficos de Gaia e da irmã de Dante, sobre a vida e como devemo lidar com todos os percalsos que ela nos trás.
     Na história conhecemos Dante, um workaholic convicto e que se acomodou com seu frenético mundo. Por conta desse estilo um tanto estressante ele se vê infartando em um hospital e com toda aquela corrida para acudi-lo e o medo de morrer. Esse prólogo é um soco no estômago, onde é preciso parar, respirar e pensar. Muito. E em que? Tudo.
     E Gaia (amei o nome!), uma mulher que vive no interior de Santa Catarina, em meio a plantações de maçãs e alguns animais muito queridos em seu sítio. Mas Gaia também tem um passado, e principalmente um futuro que não deseja para ninguém que ela ama.
     O envolvimento do casal é suave como uma brisa de outono e o amor lindo como as flores da primavera. Paola consegue expressar em singelas palavras tudo aquilo de belo que existe na vida e em um amor entre adultos bem resolvidos.  Uma história de aquecer o coração e que ensina que devemos parar e olhar ao redor, mas com outros olhos, mais serenos e com menos exigências.
     O cenário - a Santa Bela Catarina e toda a cultura da região é um brinde que a autora nos dá. Conheço o Estado, já passei por algumas das locações citadas e ao ler o livro a minha memória trouxe os cheiros e sabores de tão belo local. Agora, mais do que nunca, uma maçã não será a mesma coisa do que antes. E o modelo da capa - Franggy Yanez não será mais nenhum personagem que não seja Dante. Pelo menos para mim esses dois - maçã e Fran estarão sempre associados.
     Vale também destacar o primor da escrita. Sou um pouco chata com relação a isso mas é importante e muito legal você ver que não há erros gráficos (nem digitais), todas as concordâncias estão direitinhas. Nossa lingua é muito complexa, com muitas excessões então parabéns não só para autora por esse cuidado como para o(a) revisor(a) pelo primoroso trabalho.
     Então se você quer sair de uma boa ressaca literária e não se importa em entrar em outra minha sugestão é essa. Enquanto houver tempo, leia!








quinta-feira, 20 de dezembro de 2018

SEBASTIAN - Anne Marck




Sinopse: 

Sebastian não é um protetor, apesar do que dizem. Por trás da fachada insolente e do atraente sorriso preguiçoso, não há nada além de perigo gritando alto e claro. Ele teve o que quis, vingança para os assassinos de sua noiva, e agora precisa lidar com as consequências dela em sua vida. 

No meio de mais uma missão, Sebastian encontra Penélope, a destemida e impertinente mulher que parece não reconhecer o tamanho da confusão em que está metida quando se envolve em uma situação que a coloca em risco. Ele não quer fazer parte do problema dela. Ela não quer a ajuda do russo arrogante de maneira alguma. Porém, o instinto protetor – negado por este homem – é provavelmente sua maior fraqueza. Penélope precisa de sua ajuda. E algo nessa espanhola... inferno, algo nessa espanhola mexe muito com ele. Bem-vindos à sensível e intensa história de um protetor, dono de uma força interna feral, que não tem escrúpulos em suas ações, simplesmente faz o que precisa ser feito, e de uma espanhola repleta de camadas que, bem exploradas, guardam uma personalidade apaixonante.
Leitores, a pedido de vocês, este é o desfecho merecido de Sebastian, o terceiro Protetor. 

Resenha:

A resenha de hoje é de um super lançamento da queridíssima autora Anne Marck, esse livro é realmente de tirar o fôlego. Eu acompanhei uma parte pelo wattpad, mas como sou muito curiosa preferi esperar o seu lançamento na amazon e só tenho que agradecer por todo o carinho e respeito que a autora tem pelos leitores e que fez questão de enviar um livro maravilhoso para a gente.
O livro faz parte da trilogia protetores, mas o primeiro livro que eu li foi o do Sebastian depois fui procurar os outros dois que são muito bons,
Sebastian é um russo que perdeu tudo aquilo que mais amou. A sua noiva Lara foi torturada e morta após se arriscar de investigadora e tentar descobrir um esquema de tráfico de mulheres. Para quem leu o livro Priscila da série Renda-se, a Lara é irmã do Gael. Mas quem não leu não tem problema algum, pois a história é independente.
Sebastian e Gael procuram vingança contra o homem por trás da morte de Lara e seus sobrinhos, porém para não sofrer outras punições Sebastian ajuda a polícia a desvendar outros crimes para garantirem a liberdade de todos.
Mas Sebastian não imaginava que nesse meio do caminho ele iria conhecer uma espanhola de fogo quente e língua afiada metida a investigadora que iria atormentar sua mente.
Penélope é uma espanhola de sangue quente metida a investigadora, ela fica muito próxima de descobrir o paradeiro da filha de sua cliente em um clube de mulheres. O que ela não imaginava é que ao ligar para a polícia ela iria se comprometer muito mais. E Sebastian como o bom protetor que é resolve entrar em cena para salvar nossa querida Loupe.
Sebastian leva Loupe para a Rússia na esperança de salvar sua pele, mas ele não conseguia imaginar que sentiria uma atração enlouquecedora pela espanhola de sangue quente e boca suja. Uma paixão avassaladora cresce entre os dois, mas Sebastian tenta resistir, pois acha que está traindo a memória de Lara. 
A convivência entre os dois é regada a muita química, confusão e paixão, mas na hora de tomar uma decisão Sebastian será capaz de esquecer seus demônios e colocar a Loupe no lugar que ela merece? Confira!!!!!!!!!!!!



domingo, 16 de dezembro de 2018

Deixa eu te apresentar... Coleção Recontar




Ler clássicos é muito importante na formação de uma “caixa de ferramentas” literária (usando de um termo de Stephen King). Para conseguirmos compreender melhor os livros com que esbarramos em nossa caminhada pela literatura, e até para ter uma visão de mundo expandida para criar e se virar na vida, é sempre bom ter um universo literário bem abrangente e disponível em algum recanto acessível de nossa mente.
Mas a gente sabe que muitos leitores, com razão, esbarram no problema da dificuldade de não se sentirem estimulados por aquelas obras consagradas, quase todas escritas num tempo bem distante de suas realidades. Bem, devo dizer que as histórias clássicas são muito legais, o que pega mesmo na hora da leitura é a linguagem mais rebuscada.
E sabe de que forma posso te provar que as histórias são legais, mesmo que você não goste da linguagem? Podemos resolver esse problema linguístico e estilístico com uma bela coleção direcionada principalmente ao público infanto-juvenil, mas que é super atraente pra todas as idades.
Aqui, vou apresentar alguns dos títulos mais chamativos da Coleção Recontar. As sinopses foram retiradas da própria edição.


 Alice no País das Maravilhas
A história se passa num mundo de sonhos, onde Alice encontra um ambiente encantado, habitado por coelhos apressados, lagartas e gatos falantes. Durante sua viagem, muda de tamanho, comemora seu "desaniversário", conhece o Reino de Copas e vai a julgamento por ter insultado a rainha.




Vinte mil léguas submarinas
Na tentativa de descobrir a identidade de um misterioso ser marinho, o professor Aronnax, seu criado pessoal Conselho e Ned Land, o rei dos arpoadores, embarcam na fragata Abraham Lincoln atrás do monstro. Após um acidente, os três são "salvos" exatamente pelo "objeto misterioso" e iniciam uma incrível viagem de dez meses pelas profundezas e mistérios do fundo do mar, vivendo perigosas aventuras. 
Dom Quixote
Na província da Mancha, na Espanha, vive um fidalgo que, de tanto ler histórias de cavaleiros medievais, confunde fantasia e realidade e sai pelo mundo acreditando ser um deles. É acompanhado por Sancho Pança, seu fiel escudeiro.



               Rei Artur
           Esta clássica história tem sua origem na literatura galesa do século V. O ainda jovem Artur torna-se rei ao conseguir a façanha de tirar a mágica espada Excalibur,que estava fincada em uma pedra. Tem início assim seu lendário reinado, sempre amparado pelos valorosos cavaleiros da Távola Redonda, como Lancelot, Persifal, entre outros.


Viagem ao centro da terra
No ano de 1863, o Dr. Lidenbrock, professor e geólogo alemão, encontrou um manuscrito, em código, de um antigo alquimista islandês do século XVI. Após decifrá-lo, descobriu que o alquimista havia ido ao centro da Terra. Querendo realizar o mesmo feito “impossível”, ele e o seu sobrinho Axel partem para a Islândia com o intuito de penetrar no interior da crosta terrestre e chegar ao centro da Terra. Seguindo as instruções do misterioso manuscrito, descobrem que a entrada para o interior da Terra era a cratera de um vulcão na região ocidental da ilha da Islândia.  

Estes são os títulos que mais me chamaram a atenção nesta coleção. Deles, só li Vinte mil léguas submarinas, um hino de livro! Muito envolvente e, em comparação com o original, não deixa grandes detalhes de fora, ou seja, serve como uma ótima adaptação-resumo do livro. Fica a dica pra quem quer conhecer os clássicos ou até apresenta-los aos filhos e amigos. 

sábado, 15 de dezembro de 2018

Caixa de Pássaros - Josh Malerman





Título: Caixa de Pássaros
Autor: Josh Malerman
Editora: Intríseca
Ano: 2015
Páginas: 272

Sínopse:

Romance de estreia de Josh Malerman, Caixa de pássaros é um thriller psicológico tenso e aterrorizante, que explora a essência do medo. Uma história que vai deixar o leitor completamente sem fôlego mesmo depois de terminar de ler.Basta uma olhadela para desencadear um impulso violento e incontrolável que acabará em suicídio. Ninguém é imune e ninguém sabe o que provoca essa reação nas pessoas. Cinco anos depois do surto ter começado, restaram poucos sobreviventes, entre eles Malorie e dois filhos pequenos. Ela sonha em fugir para um local onde a família possa ficar em segurança, mas a viagem que tem pela frente é assustadora: uma decisão errada e eles morrerão.“Malerman usa a narrativa alusiva para criar um thriller fascinante que os fãs de Stephen King vão adorar.”Publishers Weekly“Deve ser lido de uma só vez. Ninguém ainda havia escrito uma história de terror como essa.”Hugh Howey, autor de SiloBest seller VEJA

Resenha:

O que pensar de um livro onde o clímax sofre tantas alterações, sim. Exatamente o clímax passa por altos e baixos. Então vamos começar a falar sobre o livro a partir deste ponto.
A concepção do livro é criada a partir da ideia central e real  de o leitor não saber absolutamente nada do que está acontecendo, da mesma forma que  os personagens. Eles são cegos e, ao ver a história pelos olhos deles. gera a grande dualidade do livro, pois o leitor se torna tão cego quanto os personagens. Sendo assim a medida em que eles saem para se aventurar no mundo estão sempre vendados , o leitor também se sente no escuro. O livro traz a necessidade de se interpretar o mundo por meio das sensações, da audição, dos pressentimentos, do cheiro. Não há visão para guiar e não é possível simplesmente abrir os olhos, o perigo pode ser real ou não.
A narrativa gira em torno de Malorie, uma mulher  a quatro anos sem olhar pra fora, vivendo, ou melhor sobrevivendo em meio ao medo e temor durante este tempo ela treinou  seus filhos para serem  guiados pela audição. Eles enxergam, mas desde pequenos foram duramente treinados para apenas  reconhecer o mundo com os ouvidos.  Todo esse processo gerou vários ressentimentos internos da própria Malorie, afinal em, vários momentos ela pode ter sido má ou cruel ou ter pensado coisas horríveis as vezes em todo esse processo de adaptação.

“Como pode esperar que seus filhos sonhem em chegar às estrelas se não podem erguer a cabeça e olhar para elas? Malorie não sabe a resposta.”

 No livro existe a abordagem da  gravidez dela, mas a primeira vista sua interação com as crianças é bem estranha e diferente do que estamos habituados. Ela não os chama por nomes, eles são o garoto e a menina e ao encontrar o fim do livro isso acaba fazendo sentido e gerando uma cena emocionante.É impossível não se envolver e compreender as ações de Malorie a medita em que o livro avança.
Se existe uma definição para o livro, seria : Abordar a natureza humana, aquela primitiva e instintiva.
 Um livro intenso, fluido e com uma proposta diferente, para se ler com a mente aberta e disposto a descobrir todos os sentidos.
A escrita é simples e bem trabalhada, seguindo a risca os melhores livros de suspense.
Recomendo? 
Claro, leia, agora e se prepare para perder a visão!
 

sexta-feira, 14 de dezembro de 2018

Codinome Lady V (Lorraine Health)

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Sinopse

     Cansada de rejeitar pretendentes interessados apenas em seu dote escandalosamente vultoso, Minerva Dodger decide que é melhor ser uma solteirona do que se tornar a esposa de alguém que só quer seu dinheiro. No entanto, ela não está disposta a morrer sem conhecer os prazeres de uma noite de núpcias e, assim, decide ir ao Clube Nightingale, um misterioso lugar que permite que as mulheres tenham um amante sem manchar sua reputação.

     Protegida por uma máscara e pelo codinome Lady V, Minerva mal consegue acreditar que despertou o desejo de um dos mais cobiçados cavalheiros da sociedade londrina, o Duque de Ashebury. E acredita menos ainda quando ele começa a cortejá-la fora do clube. Por mais que ele seja tudo o que ela sempre sonhou, Minerva não pode correr o risco de ele descobrir sua identidade, e não vai tolerar outro caçador de fortunas.
     Depois de uma noite de amor com Lady V, Ashe não consegue tirar da cabeça aquela mulher de máscara branca, belas pernas e língua afiada. Mesmo sem saber quem ela é, o duque nunca tinha ficado tão fascinado por nenhuma outra mulher antes.
     Mas agora, à beira da falência, ele precisa arranjar muito dinheiro, e rápido. Sua única saída é se casar com alguma jovem que tenha um belo dote, e sua aposta mais certeira é a Srta. Dodger, a megera solteirona que tem fama de espantar todos os seus pretendentes.

Resenha:


     Mas que história deliciosa! Com uma narrativa bastante dinâmica é aquele livro que você senta para ler, esquece da vida e quando se dá conta já acabou, mas você quer mais. Muito mais.
     A história conta as dificuldades de Minerva em arrumar um marido. Ela que é uma mulher a frente do seu tempo por ter sido criada de forma pouco convencional. Acostumada a ter opinião e vontade própria ela espanta seus pretendentes. Mesmo aqueles que estão dispostos a esse "sacrifício" somente por conta de seu vultuoso dote. A ressalva é que ela é uma mulher muito insegura com o seu físico. Ela se acha feia, sem graça ou sem os chamados, atrativos femininos. Mas agora com mais calma posso até compreender que ela é assim por conta de tudo que viveu ao tentar ser cortejada por "caçadores de dote".
    Mas Minerva não se dá por vencida. Se não pode ter um marido que a ame quer pelo menos conhecer os prazeres da carne e com esse novo objetivo parte para o famoso e por que não, misterioso Nightingale com o objetivo de somente perder a virgindade.
   Lá ela conhece um dos Diabos de Harvisham, Ashe. Um Duque órfão que foi criado por um amigo de seu pai, um homem enlouquecido depois da morte de sua amada esposa. Ashe é um lorde nas festas e saraus, mas também possui um lado devasso que só as damas com quem divide a cama conhecem.
     A interação entre eles é muito pitoresca pois ela é quem comanda tudo, ou ele deixa ela comandar? Leia e tire suas próprias conclusões.
     Com diálogos pitorescos e divertidos a trama se desenrola de forma muito agradável. Um livro mais do que recomendável. É de primordial leitura para as amantes dos romances de época.
     

quinta-feira, 13 de dezembro de 2018

Lady Anne


Nota: ⭐⭐⭐

Ficha técnica:
Autor: AJ Ventura
Editora: Independente
Páginas: 168

Resenha:
Continuando a série Single Ladies (que começou com Lauren, aqui), temos a convenção de romance de época mais épica na versão da amiga e assessora de imprensa Anne.
Acostumada a trabalhar com política, seu cliente (um senador) pede que Anne ajude sua irmã na convenção, a escritora novata e misteriosa Evelyn St. Claire. É sua primeira experiência de trabalho no ramo literário e Anne conta com a ajuda de Simon, assessor da famosa Judith Quinn, a estrela da convenção. Porém a moça é muito orgulhosa pra pedir ajuda e acaba questionando seu trabalho muitas vezes. Além disso, ela e Simon se conhecem há alguns anos, mas ela não se lembra, o que gera a maior treta da trama, no momento em que ela se lembra dele e traz de volta os sentimentos ruins que sentiu na primeira vez. Ok, trouxe aqui dois momentos ruins da protagonista. O desenvolvimento dela como profissional e como pessoa, se permitindo sentir o que quiser pelo Simon, são coisas que duram praticamente o livro inteiro, o que acabou não me prendendo tanto quanto o primeiro.
Mas há um ponto incrível nessa edição. O desenrolar da amizade entre assessora e cliente se dá de forma tão sutil que nos encanta.
Um livro curtinho, com humor, romance e leveza trazido pela AJ Ventura.

quarta-feira, 12 de dezembro de 2018

Na Telona: Aquaman


O Na Telona dessa semana traz uma briga de peixes grandes. Com grande expectativa do público e da mídia, Jason Momoa traz seu Aquaman pras telonas numa versão de tirar o fôlego. E não, não estamos falando apenas da beleza do boy (constantemente explorada pelas câmeras), mas das cenas de ação praticamente do início ao fim.
Contando a história​ do "homem peixe" desde o começo da relação dos seus pais, um faroleiro e a rainha de Athenas (interpretada pela dica Nicole Kidman), sua infância, a aproximação com os peixes e tubarões em aquários, até o momento em que o exército vai à superfície buscar a rainha a força. Mais tarde vemos que, num ataque de ciúmes do rei ao descobrir que havia um herdeiro metade humano, metade do mar, ele a condena ao Reino do Fosso, onde ela executada, o que gera a ira de Arthur (Momoa) e sua recusa em lutar pelo trono com seu meio irmão, Orm. Mas não há chances do moço ficar 100% na terra, pois sabemos que ele tem dois lares.
Como um verdadeiro super herói que para uma luta importante pra salvar criancinhas, Arthur enfrenta exércitos em nome da paz entre os reinos com a ajuda da princesa Mera (interpretada pela Amber Heard e seus cabelos que nos remetem a Ariel, de A Pequena Sereia) e do seu mentor Vulk (Willem Dafoe), que possui cargo de confiança de Orm ao mesmo tempo que protege Arthur a pedido da rainha.
Aliás, referências são uma constante no filme. Karatê Kid, Pinóquio são ingredientes encontrados em muitos momentos de humor irônico, que, ouso dizer, coloca Aquaman no mesmo patamar de acidez que Homem de Ferro. Além disso, há lições infiltradas nos diálogos, mostrando sobre a importância de não depositarmos lixo no mar, sobre as sujeiras nas águas causadas pelos humanos.
Enfim, Jason Momoa é alçado a super herói do momento, com muito louvor, nesse lançamento da DC, tão aplaudido pela crítica. Corra pros cinemas que o filme estreia no dia 13/12!
Quer ver o trailer? Confira aqui.

domingo, 9 de dezembro de 2018



Depois da primeira luz é um livro bem curtinho e dinâmico escrito por Schott Nicholson, um escritor estadunidense conhecido por bons livros de suspense, terror e ficção científica. Este livro é uma distopia que especula sobre um apocalipse provocado por explosões solares descontroladas, provocando a morte de bilhões de pessoas, mas não de toda a população humana na Terra.
Sinopse
A narrativa em terceira pessoa alterna diversos pontos de vista que contam o quadro geral dos momentos que antecedem a grande erupção solar. O primeiro personagem é Chien, um cientista que percebe a atividade irregular do astro-rei e avisa aos seus superiores, mas, como o alerta pode ser muito prejudicial se for falso, ele é ignorado e precisa dar um jeito de convencê-los para que emitam um sinal de aviso a nível global.
Os capítulos apresentam os personagens aparentemente sem nenhuma ordem lógica, e mais um que vale a pena ser citado é Frank, um antissocial que se isola numa mata obscura com a mente já preparada pra qualquer imprevisto de ordem apocalíptica. A base onde mora não tem apenas uma casa, mas alguns recintos tecnológicos fortemente isolados, para que, se acontecesse uma grande pane eletrônica, os seus aparelhos não deixem de funcionar.
Rachel Wheeler - que, ao que tudo indica, vai ser a protagonista no segundo livro (e sim, tem continuação – é uma participação também muito importante. Ela aparece no meio da confusão da cidade grande em meio ao caos apocalíptico, sem acreditar que aquele acontecimento repentino pudesse ceifar a existência normal de seus amigos e tentando salvá-los. Convencida da inutilidade dos seus esforços, percebe que a única solução é partir em busca do refúgio construído pelo avô, Franklin.
O que ficou do que passou?
O autor de Igreja Vermelha me causa incômodo na hora de apresentar os protagonistas. Ao invés de elaborar cenas que mostrem por si mesmas o que cada personagem é, prefere entregar de lambuja as características deles. Fica apressado. Parece uma ficha de personagens de RPG. Ao invés de mostrar Chien em algum ritual taoísta e, assim, nos conceder o material necessário para tomarmos a conclusão de que ele é taoísta, não: ele diz em alto e bom som, como em um outdoor que diz CHIEN É TAOÍSTA.
Além disso, a história é muito, mas muito legal pra ser tão apressada. Creio que fosse melhor ele escolher um ou dois dos personagens e desenvolvê-los melhor. Mas, como o livro é curtinho, vamos passando de um para outro e não criamos uma afetividade assim tão grande. É uma pena uma história tão legal passar diante dos olhos sem poder ser capturada a fundo.
De resto, deu pra perceber que ele escreve muito bem e de maneira envolvente. Alguns elementos da apresentação dos personagens e do desenrolar do roteiro me incomodaram muito, porém, não foram suficientes para ofuscar a narrativa envolvente que aparece sob o pano de fundo do apocalipse solar.