Sinopse:
"Eu perguntei se você tem um vampiro para beijá-la. E para senti-la. Para saciá-la. Para satisfazê-la. Você está comprometida, Mia?"
Quinhentos anos após a minha partida, eu retornei para o lugar onde nasci, a Ilha de Alkmene, com um único objetivo. Àquela altura, não era mais a garotinha que a família real conhecia, e sim a melhor guerreira de seu clã.
Foi uma honra poder encontrá-los como Major da Divisão Magna.
No extravagante castelo, fui recepcionada por pessoas que me amaram. Tudo estava indo de acordo com o planejado, até perceber que algo parecia... diferente. Depois de incontáveis séculos sem vê-lo, quando meus olhos pairaram sobre Orion Bloodmoor, o Príncipe dos Vampiros, reconheci que nem todos os anos que passamos separados seriam o bastante.
Com suas exóticas íris vermelhas, corpo atlético, cabelos cor de ônix e uma personalidade nada tradicional, eu tinha inúmeros motivos para não observá-lo, para não reparar em sua beleza, para não me deixar levar...
Ainda mais por ele não ser o único desafio que eu teria que enfrentar.
Havia segredos sob aquele teto, falhas em meu clã, e a última coisa que eu precisava era me deixar levar pelos encantos de um príncipe.
Assuntos do coração não deveriam vir antes do meu dever.
E guerreiras usam espadas ao invés de coroas.
Resenha:
Foi com imensa surpresa que recebemos a notícia que nossa querida autora - Aline Sant'ana se aventurou em outro estilo literário que não o romance. Não que O Príncipe dos Vampiros não tenha romance, até tem mas ele tem um toque especial, ou seria sobrenatural? Nessa história a interação entre as autoras é impressionante, elas se completam na narrativa e se transformam eu uma só. E assim como Aline se juntou a outra também espetacular autora, Clara de Assis como parceira nessa aventura, nós resolvemos inovar e fazer uma resenha a quatro mãos.
E da mesma forma como não conseguimos distinguir quem escreveu o quê desafiamos vocês a descobrir de quem é cada opinião, cada parágrafo. Venha fazer essa viagem conosco, a uma ilha no norte da Europa. Onde só se chega por mar e onde a população é uma distinta mistura de seres vivos.
O livro traz uma abordagem diferente e única para um mundo habitado por humanos, vampiros e shiffers. Abrimos um parênteses aqui para falar da descrição tanto do local como da população que vive em Alkemene. Tudo bem que esse não é um estilo literário familiar para as autoras mas como fãs de fantasia sentimos uma certa dificuldade de compreensão e localização. A localização aos poucos, mais para o meio da história, é melhor compreendida mas sentimos falta talvez de mais detalhes dos shiffers. Seres meio homem, meio animal, que hora lembra os lobisomes, hora nos remete a outros livros - nesse caso, em concordância, lembramos da série dos Novas Espécies de Laurann Dohner. Mas, se você ler com mais atenção não era o cerne da história. Quem sabe em um próximo livro? 😁
Na história conhecemos Mia. Ela é centrada, destemida e orgulhosa. Perdeu seu pai e herói ainda cedo e se espelha nele para buscar ser sempre a melhor, mesmo que para isto tenha que abrir mão de seus desejos e sentimentos. Em alguns momentos me irritei com ela por sua teimosia em não querer aceitar o óbvio, mas logo após fazia as pazes. Afinal ela representa brilhantemente o empoderamento feminino.
E Orion, o herdeiro do trono de Alkemene e que tem a vida que todo príncipe deseja. Festas, mulheres, carinho dos pais e bons amigos. O que ele não esperava era ter que acabar com a festa tão cedo. Órion incorpora o sonho de toda pessoa que sonha com um boy vampiro. É lindo, inteligente, sarcástico, valente, honesto, protetor... E por aí vai. Tem defeitos? Claro! Mas não me pergunte, pois as qualidades são tão nítidas que diminuem a força das falhas.
Tudo começa quando o rei compreende ser no momento de participar da Aliança (um conselho entre as nações) por ser o líder da mais antiga família de vampiros e sua presença pode influenciar na solução para acabar com as batalhas entre os clãs. Então resta a família real tomar a decisão de Orion assumir o trono. Porém para isto será necessário passar por uma bateria de testes, físicos, intelectuais e emocionais. Para auxiliá-lo nesta jornada o rei convoca Mia.... Uma das melhores guerreiras vampiras, conhecida por sua audácia e sabedoria.
Agora o que ninguém podia imaginar era que Mia estava destinada a ser muito mais do que a Lochem do príncipe. A química entre os dois acontece de forma natural e é completamente viciante para o leitor. Impossível começar a ler os diálogos e não desejar que eles fiquem juntos.
"- Há poucas coisas nas decisões de um rei que podem ser feitas através do coração ou da emoção. No seu caso, você está aplicando ensinamentos profissionais que teve ao longo da vida para uma questão pessoal. Usar a razão, nesse caso, não cabe. Deve usar a sua intuição Orion. Se quser leva-la para sair, conhecê-la e isso fizer algo bom dentro de você se agitar. Tudo bem. Caso contrario, não. Não saia com ela."
Mas é claro . Nem tudo são flores. No caso desses dois existem muitos espinhos, como o orgulho de Mia, a prepotência de Orion e uma luta interna dos dois para se aceitarem.
A narrativa é fluída e os diálogos são um dos pontos altos do livro, onde as interações se dão em um âmbito proximo ao real transformando o leitor em um participante ativo da história.
Os momentos divertidos ficam por conta das descrições de como eles se sentem no "período fértil". Dá pra ter gostosas gargalhadas.
Falando um pouco sobre o trabalho de revisão, edição e diagramação, não vi falhas, ao contrário o trabalho está primoroso e bem analisado.
Por fim a capa, esta traz as referências observadas no texto sendo bem coerente a obra.
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