Título: O Holocausto Brasileiro: Vida, Genocidio e 60 mil Mortes no Maior Hospício do Brasil.
Autora: Daniela Arbex
Editora:
Geração Editorial
Ano:
2013
Sinopse:
Durante décadas, milhares de
pacientes foram internados à força, sem diagnóstico de doença mental, num
enorme hospício na cidade de Barbacena, em Minas Gerais. Ali foram torturados,
violentados e mortos sem que ninguém se importasse com seu destino. Eram apenas
epilépticos, alcoólatras, homossexuais, prostitutas, meninas grávidas pelos
patrões, mulheres confinadas pelos maridos, moças que haviam perdido a
virgindade antes do casamento.
Ninguém ouvia seus gritos. Jornalistas famosos, nos anos 60 e 70, fizeram reportagens denunciando os maus tratos. Nenhum deles — como faz agora Daniela Arbex — conseguiu contar a história completa. O que se praticou no Hospício de Barbacena foi um genocídio, com 60 mil mortes. Um holocausto praticado pelo Estado, com a conivência de médicos, funcionários e da população.
Ninguém ouvia seus gritos. Jornalistas famosos, nos anos 60 e 70, fizeram reportagens denunciando os maus tratos. Nenhum deles — como faz agora Daniela Arbex — conseguiu contar a história completa. O que se praticou no Hospício de Barbacena foi um genocídio, com 60 mil mortes. Um holocausto praticado pelo Estado, com a conivência de médicos, funcionários e da população.
Resenha:
A
jornalista Daniela Arbex traz com sua nova obra, o maior crime cometido pelo
Estado brasileiro durante o século XX: a morte de ao menos 60 mil pessoas no
Hospital Colônia de Barbacena, em Minas Gerais.
Assim
como as vítimas da ditadura, os pacientes internados do maior hospício já construído
no Brasil foram torturados, violentados e mortos com crueldade
no período que abrange as décadas de 1930 e 1980. Entre os métodos de
tortura apresentados, era comum ao mesmos praticados contra os inimigos do
regime militar e os pacientes do Colônia estava as sessões de eletrochoque. No hospício do município, tais
sessões, dispunham de choques intensos
gerando, às vezes, a sobrecarga capaz de derrubar a rede elétrica da cidade. Muitos
morriam. Tanto de choque, frio, fome e doenças. As mortes ocorriam
principalmente como força geradora de renda. Entre 1969 e 1980, 1.853 corpos de
pacientes foram vendidos para faculdades de Medicina do país.
Os
pacientes da instituição eram pessoas que haviam sido internadas à força,
segundo as pesquisas da autora 70% não tinham sequer um diagnóstico de doença
mental. Daniela foi atrás dos sobreviventes desse holocausto brasileiro. Ela
encontrou histórias tristes de abandono, maus tratos e vidas perdidas de crianças
internadas e que ainda hoje. sofrem com os efeitos das torturas.
Apesar
de ter como foco central as vítimas do horror de toda uma geração de
maus-tratos e torturas dignas das piores guerras mundiais, a quem dá voz,
ao livro traz ainda um estudo completo do hospital, de seus
funcionários, algozes, cúmplices e do modus
operandi do genocídio, importante também ressaltar o primoroso trabalho de investigação jornalística
realizado por Daniela Arbex. Era essencial apresentar ao público brasileiro uma história
desconhecida e que tem tanta importância para nossa sociedade e serve de reflexão.
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