Editora: Haper Collins Brasil
Ano de publicação: 2017
Nº de páginas: 336
Sinopse:
Ao eclodir a Segunda Guerra Mundial, Marianne von Schneesingen retorna para o grande castelo, agora em ruínas, no qual ela era a anfitriã de bailes para a alta sociedade alemã. Viúva de um opositor ao regime nazista, Marianne prometeu que seria a protetora de todas as mulheres cujos maridos morreram para lutar contra Hitler, tornando sua missão abrigá-las nesta imensa fortaleza.
Primeiro, ela salva Benita, a viúva de seu amigo de infância, da escravidão sexual imposta pelo exército russo, e Ania, uma mulher que vivia nos terríveis campos de trabalhos forçados para prisioneiros políticos.
Em vão, Marianne tenta construir uma nova família para si mesma a partir dos destroços do movimento de resistência de seu marido, certa de que seu passado em comum as manterá unidas para sempre. Mas ela logo descobre que seu mundo é muito mais complicado do que imaginava.
Enquanto Benita começa uma relação clandestina com um ex-soldado nazista, Ania luta para esconder seu passado do julgamento de Marianne. As três mulheres devem encarar o fato de que todas receberam três vidas uma antes da guerra outra, durante e finalmente sua vida após a guerra, na qual elas devem carregar cada um seu próprio fardo.
Resenha:
Taí um livro que todos devem ler. Primeiro porque não devemos nunca, e eu disse... NUNCA! Esquecer do que ocorreu no mundo, principalmente na Alemanha, com essa estupidez chamada Guerra. Depois porque desmistifica muita coisa sobre os alemães, pois a narrativa trata da visão dos próprios conterrâneos de Hitler, contra sua digamos... "ideologia racial'. Ou seja, nem todos os alemães apoiaram as insanidades deste conturbado ser.
As Mulheres do Castelo fazem um recorte no tempo que vai de 1938 a 1991. Intercalando entre indas e vindas no tempo o leitor têm de ficar atento para não se perder no contexto da história. E também é interessante pois conta um pouco de como os alemães seguiram adiante depois das Guerras.
Jessica Shattuck não doura a pílula nem foge do compromisso de expor essa vergonhosa ferida que o ser humano é capaz de infringir em seus semelhantes. Então prepare-se porque haverá momentos de total horror com a narrativa do que a população civil sofreu nesse período.
Só não levou os cinco livrinhos abertos porque teve momentos em que o livro se torna cansativo, com uma narrativa um pouco enfadonha, mas nada que um leitor interessado não supere com um pouco de insistência.