A Caçadora de Bruxos (Virginia Boecker)

Sinopse:

     Na Ânglia do século XVI, a prática da magia é ilegal e infratores são queimados nas fogueiras. Elizabeth Grey é uma das melhores caçadoras de bruxos do rei: ela localiza e captura Reformistas, rebeldes suspeitos de praticar feitiçaria para que sejam julgados e executados, conforme manda a lei. Até que, inexplicavelmente, ela é incriminada e acaba presa sob a acusação de praticar a arte que se dedicou a erradicar. 

     A salvação, no entanto, acaba vindo na forma de seu maior inimigo: Nicholas Perevil, o mago mais poderoso e procurado de Ânglia. À medida que Elizabeth se associa aos Reformistas, suas crenças sobre a legitimidade da proibição da magia são profundamente abaladas. Ela se vê em meio a uma contenda política de proporções épicas e percebe que seus antigos aliados agora são seus inimigos mortais. 

     Será que Elizabeth está pronta para decidir de qual lado está sua lealdade, afinal de contas?

Resenha:

     Sabe aquele livro gostoso de ler? Com uma escrita simples e um enredo de fácil compreensão? Então... A Caçadora de Bruxos é isso e muito mais. 

     Ganhei esse livro em um dos inúmeros clubes do livro que acontecem aqui no Rio de Janeiro. Adoraria ver essa prática saudável e divertida acontecer com mais frequência em Estados fora o eixo Rio-SP. Fica a dica para você caro leitor. Por que não proporcionar uma tarde divertida em sua cidade? Falar do que mais amamos e de quebra conhecer novos amigos? Fica a dica. 😉

     Sem glossários, explicações e identificações de famílias, povos, espécies, feitiços e etc a parte, a história é simples e descomplicada. E quando se faz necessária uma maior explicação, a autora o faz de forma direta, no texto mesmo. O que poupa bastante tempo em parar e buscar o que é cada informação que às vezes é simplesmente lançada no meio de uma história.

"As Doze Tabuletas são as leis do reino, gravadas em pedra e postadas ao longo dos portões de Ravenscourt. Cada tabuleta detalha uma lei diferente: propriedade, crime, herança, e assim por diante."

     

     A narrativa se baseia nas aventuras e desventuras de Elizabeth Grey, uma jovem de 16 anos, treinada para ser uma caçadora de bruxos no reino de Ânglia. Sua função é exatamente o que dá título a história. Caçar bruxos, que nesse caso ainda arrebata curandeiros, mortos-vivos entre outros.

     Em uma certa noite Elizabeth volta para o castelo completamente bêbada e acaba sendo presa por um dos guardas do rei por ter em seus bolsos ervas de feiticeira. Acusada de praticar a arte que ela se dedica a erradicar, Elizabeth é condenada à morte pelo Inquisitor Blackwell e jogada nos frios e enfermos calabouços reais e aguardar o dia em que também será queimada viva em uma fogueira.

"Confie naquele que enxerga tão bem quanto escuta,

Pois as aparências muitas vezes fazem com que você se iluda.

Traída por três, ligada a quatro,

Quem perdeu dois pode ter mais uma perda no fardo."

     Enquanto aguarda Caleb, seu amigo e a única família que possui, voltar para resgata-la, Elizabeth adoece e se vê a beira da morte quando é libertada justamente pelo mais procurado mago de toda Ânglia, Nicholas Perevil.

     Daí em diante Elizabeth começa a enxergar, compreender e principalmente questionar tudo que até então defendia. Com um ritmo constante e dinâmico a leitura não se torna cansativa e quando você se dá conta já está acabando de ler.

     A Caçadora de Bruxos é o 1º livro do que eu acredito ser uma trilogia (bateu um medo quando vi no Skoob a #1, mas o livro é tão bom, a história te prende de uma forma tão forte que já está na minha lista o livro 2 (O Regicida) que saiu o ano passado (sempre atrasada 😋).

     E você? Curte uma história fantástica? Prefere as que tem muitas explicações antes ou algo mais simples e direto como é nesse livro? Conte para nós. Até uma próxima aventura.