Sabe aquela banda que toca no fundo da sua alma em cada uma de suas músicas, não necessariamente por genialidade, mas simplesmente porque você ama a vibração que as suas notas musicais provocam? Essa é provavelmente a sensação dos leitores de Agatha Christie que são fãs de romances policiais, de mistérios, investigações e histórias intrigantes. Os curiosos, como eu, também gostam muito, mas quem tem um gosto especial por romances policiais provavelmente se deleita com cada um dos mais de 60 romances da autora.
Sinopse
Depois do Funeral começa pelo ponto de vista do
Lascombe, um mordomo que já ultrapassa gerações da família Abernethie. O
funeral do Richard Abernethie, rico patriarca da família, provoca a reunião de
todos os parentes em volta do velório. O assunto do momento se tornou a herança, e
o testamento seria chefiado por um dos melhores do falecido, o advogado
Entwhistle.
No momento após o enterro, no chá na mansão da família, Cora,
uma jovem viúva, sincera e muito assertiva como sempre, levanta uma pergunta
quase retórica que para ela, e só para ela, era muito óbvia: “Ele foi
assassinado, não foi?”
O fato que torna essa uma pergunta-resumo do livro acontece
alguns dias depois. Cora é encontrada morta ao lado de uma machadinha. É óbvio
que a grande suspeita gira em torno de algum membro da família, e não sabemos
quem. Aí que aparece Poirot, um detetive belga que – só fui descobrir depois de
ler – aparece em vários dos livros de Agatha Christie. Sua lógica interminável e suas fontes espalhadas por todos os cantos poderão ser úteis para resolver o enigma.
O que ficou do que
passou
A narrativa de Agatha Christie é muito bem desenrolada e
dinâmica, uma história que prende o leitor com rapidez e não enrola na
apresentação dos fatos. É possível dizer com segurança que Christie ajudou a
refinar e difundir um estilo de narrativa tão envolvente que consegue lembrar a
todos o quanto um mistério, apresentado da maneira correta, consegue nos
atrair.
A primeira metade do livro transita entre personagens acima
de qualquer suspeita, como o advogado Entwhistle e o próprio mordomo. Só depois
a autora vai expandindo os horizontes da narrativa e passando para os consaguíneos dos Abernethie. Quem será que cometeu essas
atrocidades? É fato que o culpado ou os culpados vieram da própria família? Será
que o assassinato da faladora Cora vai servir ao menos para solucionar tal
mistério?
Nenhum comentário:
Postar um comentário