Título: Mau Começo
Autora: Lemony Snicket
Editora: Seguinte
Páginas: 148
Lançamento original: 30/09/1999
Mau começo é o início de uma série de doze livros da autoria de Lemony Snicket, pseudônimo e personagem de
Daniel Handler, um renomado cineasta que demonstra ser talentoso com as palavras em Desventuras em Série. Intrigante
e lúdico, com intensa imersão em simbolismo e mistério, a narrativa é resultado
de uma acertada conciliação entre profundidade e simplicidade. A obra foi
adaptada tanto para o cinema quanto para as séries.
Existem
vinte e oito livros lançados sob o pseudônimo de Lemony Snicket. Além de
Desventuras em Série, um famoso título é Lemony
Snicket: autobiografia não autorizada. Snicket é um narrador-personagem com
uma linguagem meio jornalística, mas também íntima, que consegue nos aproximar fortemente
da história. Sua personalidade provoca curiosidade logo de cara. Apesar
da quantidade de livros parecer exorbitante, cada um corresponde a apenas um
episódio da série. Mas não se espante: a história é tão legal que, ao menor
descuido, você estará na última página, no último livro e no último episódio de
série. Antes de qualquer coisa, fica a alegre notícia: a segunda temporada da
série está sendo lançada agora.
Bom,
mas estamos tratando dos livros. Se você odeia histórias tristes, com finais
tristes, inícios tristes e meios tristes, não continue a leitura. É o que
Lemony avisa logo no começo.
Sinopse
Lemony
Snicket é o emblemático narrador-personagem que tem o fardo de relatar a trajetória
dos Baudelaire: Violet, uma garota inventiva, de catorze anos; Klaus, um garoto
inteligente, de doze; e Sunny, uma bebê cuja mordida é fortíssima. Num dia
nublado, cinzento e obscuro, os irmãos Baudelaire estavam fazendo o seu passeio
favorito, numa praia deserta e sombria, quando repentinamente recebem, de um
estranho chamado Sr. Poe, a notícia de que os seus riquíssimos pais haviam acabado
de morrer num incêndio na mansão onde moravam, em circunstâncias pra lá de
suspeitas.
O
sr. Poe, um bancário tuberculoso, torna-se o único porto seguro da vida dos
jovens, o guardião da espantosa herança que só poderá ser sacada quando Violet,
de catorze anos, completar dezoito. O bancário entra na vida dos “pobres” órfãos com a
incumbência de providenciar-lhes um novo lar. O testamento afirma que só os parentes podem
conseguir as suas guardas. É aí que o Conde Olaf entra em suas vidas.
Conde Olaf é um ator pretensioso que, por algum motivo oculto, está sempre acompanhado de um séquito de puxa-sacos. Ele só quer passar a mão na montanha de dinheiro dos três. Sendo o parente mais próximo geograficamente, por ser morador da mesma cidade, se torna o novo tutor legal. É o pontapé de seu método educacional: exploração de trabalho infantil, chantagem e perseguição incessante aos jovens “desafortunados”. As melancólicas crianças terão que usar a sua esperteza para se livrarem do stalker. Olaf reside numa mansão sombria, caindo aos pedaços, imunda. No topo da casa está um cômodo, uma espécie de sótão, totalmente intransponível para os jovens. Uma tatuagem com um olho vigilante está em seu tornozelo e em vários locais da casa, criando um constante sentimento de perseguição.
Conde Olaf é um ator pretensioso que, por algum motivo oculto, está sempre acompanhado de um séquito de puxa-sacos. Ele só quer passar a mão na montanha de dinheiro dos três. Sendo o parente mais próximo geograficamente, por ser morador da mesma cidade, se torna o novo tutor legal. É o pontapé de seu método educacional: exploração de trabalho infantil, chantagem e perseguição incessante aos jovens “desafortunados”. As melancólicas crianças terão que usar a sua esperteza para se livrarem do stalker. Olaf reside numa mansão sombria, caindo aos pedaços, imunda. No topo da casa está um cômodo, uma espécie de sótão, totalmente intransponível para os jovens. Uma tatuagem com um olho vigilante está em seu tornozelo e em vários locais da casa, criando um constante sentimento de perseguição.
A
história, portanto, tem tudo para ser um desastre. Mas não é à toa que, desde
seu lançamento por Daniel Handler, cada vez mais leitores se tornam fãs
incondicionais dos Baudelaire.
O que ficou do que passou
Daniel
Handler conseguiu criar uma obra infanto-juvenil que é amada por todas as
idades. Com um estilo original, ele conquista cada vez mais leitores. Sua
narrativa tem um quê de jornalismo, o que dá uma verossimilhança fora do
normal. Confesso que, quando conheci Desventuras em Série, cheguei a ficar na
dúvida se a história se baseava em uma realidade ou não. Com
a leitura do primeiro livro, uma vez que eu já tinha visto o filme e a série, minha intenção era apenas fazer uma introdução que
serviria a quem fosse ler ou assistir a história — uma divulgação da nova
temporada da série a partir da sua origem literária; e, bem, um pouco de
enaltecimento, pois sou suspeito. Meu caminho com as histórias costuma ser o
contrário: leio o livro, depois vejo a série ou o filme. Inversamente, com Desventuras, vi o
filme, depois a série, só agora o livro, e devo afirmar que a experiência foi
tão marcante que acabei me compromissando a ler a série inteira.
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