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quinta-feira, 12 de abril de 2018

Em outra vida, talvez? (Taylor Jenkins Reid)


Sinopse:

    Hannah está perdida. Aos 29 anos, ainda não decidiu que rumo dar à sua vida. Depois de uma decepção amorosa, ela volta para Los Angeles, sua cidade natal, pois acha que, com o apoio de Gabby, sua melhor amiga, finalmente vai conseguir colocar a vida nos trilhos. 
    Para comemorar a mudança, nada melhor do que reunir velhos amigos num bar. E lá Hannah reencontra Ethan, seu ex-namorado da adolescência. No fim da noite, tanto ele quanto Gabby lhe oferecem carona. Será que é melhor ir embora com a amiga? Ou ficar até mais tarde com Ethan e aproveitar o restante da noite? 
     Em realidades alternativas, Hannah vive as duas decisões. E, no desenrolar desses universos paralelos, sua vida segue rumos completamente diferentes. 
     Será que tudo o que vivemos está predestinado a acontecer? O quanto disso é apenas sorte? E, o mais importante: será que almas gêmeas realmente existem? 
     Hannah acredita que sim. E, nos dois mundos, ela acha que encontrou a sua.

Resenha:
"9 bilhões de escolhas que fiz no decorrer da minha vida poderiam ter me levado a um lugar diferente de onde estou nesse momento é determinar para onde estou indo. não faz sentido se concentrar em uma única escolha"
     Hanna tem 29 anos e duas certezas na vida: que nunca achou um lugar que pudesse chamar de lar e a amizade com Gabby. Pensando nisso, ela resolve largar NY e volta pro lugar onde nasceu, Los Angeles, onde é abrigada por sua amiga e o marido. Logo no primeiro dia, Gabby resolve reunir os amigos de escola para uma comemoração de boas vindas. Entre os convidados, está o ex namorado de Hanna, Ethan. Sabe aqueles amores mal resolvidos que ocupam um espaço no coração meio que eternamente? É o caso deles. O reencontro mexe com ambos, mas logo Gabby e Mark (seu marido) a chama pra ir embora. E aí? Ela vai com eles ou fica com Ethan?
     No capítulo seguinte, o leitor descobre que ela vai com eles. Na volta pra casa, eles param em frente a um museu pra tirar fotos e um carro a atropela, a deixando em coma por 3 dias e a impossibilitando de andar por um tempo.
    No capítulo seguinte, o leitor é apresentado ao que acontece quando Hannah resolve ficar com Ethan no bar e o casal resolve retomar a relação, agora adultos e mais maduros.
     Confuso? No começo, sim. A autora apresenta as duas situações de Hannah​, paralelamente, onde acompanhamos seus desdobramentos e consequências e somos testemunhas de como o destino age com cada um de nós. Não escolhemos um final para ela, o destino escolhe. E nós só acompanhamos, embasbacados, às dores, aos momentos de felicidade e, principalmente, à força da amizade de Hannah e Gabby. É um elo lindo, que dura independente da decisão dela na primeira noite em LA. 
     A moral do livro é incrível, aliás. Os momentos finais nos deixa encantados e chocados simultaneamente. Taylor soube criar duas histórias totalmente diferentes porém totalmente interligadas indiretamente, não deixando o leitor "pular" capítulos ao escolher pela Hannah. Não podemos escolher por ela. E o livro se mostra real nisso. Ao nos fazer entender que cada atitude na vida remete a uma conseqüência. Boa ou não? Depende do ponto de vista.

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