O Clube dos Oito (Daniel Handler)

Sinopse:

     Como um grupo de jovens estudantes bem-educados acabou se envolvendo num escândalo que chocou um país? Por que tantos especialistas em comportamento juvenil têm algo a dizer quando o assunto é o Clube dos Oito? Até quando inúmeras manchetes de jornal e programas de TV sensacionalistas vão explorar o caso nos mínimos detalhes? 

     Para fazer com que a verdade venha à tona, Flannery Culp, a dita líder do Clube, decide tornar público o diário que manteve ao longo do seu desastroso último ano de ensino médio. Agora que está presa por cometer um assassinato, a garota tem tempo de editar o que escreveu e revisitar a rotina que levava ao lado de seus sete melhores amigos. 

    A narrativa de Flan, permeada de professores da pior índole, um amor não correspondido, aulas complicadas e jantares pomposos, comprova que ela pode até ser uma adolescente criminosa — mas, pelo menos, é uma adolescente criminosa muito inteligente.

Resenha:

     Finalmente consegui terminar de ler esse livro que recebi da Aliança de Blogueiros do RJ e devo confessar que só não larguei ele por que detesto abandonar um livro e também pelo compromisso assumido ao aceitar fazer parte da Aliança. Mas... ô livrinho CHATOOOOO!

     Daniel Handler também é conhecido como Lemony Snickety, o autor da obra Desventuras em série. Que por acaso também detestei, mas que meu colega aqui do blog Matheus ama e se quiser você poderá conferir a resenha dele aqui: Desventuras em série: Mau começo.

     O livro é em sua grande parte uma compilação do diário de Flannery Culp, uma típica jovem da classe média americana que está em seu último ano do ensino médio misturado com a sua reedição feito pela mesma, já em cárcere pelo assassinato de um de seus colegas de escola. A história tinha até um quê de interessante e acredito que seja só por conta disso que o livro foi tão aclamado e desejado por muitos mas não se engane.

     Com uma narrativa arrastada e entediante Handler nos deixa ainda mais com vontade de pular algumas, ou várias páginas, para ver se algo muda no enredo. E posso lhe dizer querido leitor, pode pular sem culpa. Nada muda e tudo continua arrastado e entediante. O assassinato em si só é abordado com mais de 2/3 do livro, quando em seu capítulo referente a narrativa se torna uma coisa "sem pé nem cabeça" que me levou a crer que o autor também estivesse fazendo uso abusivo de Absinto e de uma forma tão tosca que me deu até raiva. O resto do livro continua no mesmo lenga lenga e a forma com que termina me levou a crer que tudo era nada mais do que a visão de um outro personagem que é o tempo todo destratado e estigmatizado. Não direi quem é por que vai que alguém que esteja lendo essa resenha seja apaixonado pela escrita de Handler, ou fissurado na série Desventuras em série não se sinta desmotivado a não ler o O Clube dos Oito. Enfim... eu não gostei da história, creio que eu e Handler definitivamente não somos compatíveis mas sempre tem alguém que goste, não é mesmo?

     Sempre digo que mesmo uma resenha negativa como essa não quer dizer que o livro não seja bom. Ele não é, pra mim. Então leia, tire suas próprias conclusões e quem sabe possamos conversar a respeito?